domingo, 20 de dezembro de 2015

OPINIÃO DE PRIMEIRA

O RISCO DO MERCÚRIO AINDA ASSOMBRA O RIO MADEIRA

Liberou geral? O garimpo no rio Madeira cresce todos os dias. Depois de um operação realizada com grande alarde, há poucos meses, nada mais foi feito para impedir que uma currutela, ainda pequena, mas já forte, se formasse na área central da Capital. O secretário de Segurança do Estado, numa coletiva à imprensa logo depois da apreensão de dragas e balsas e da detenção de várias pessoas, prometeu que o garimpo seria combatido e não voltaria ao rio.   Mas,  48 horas depois da operação que envolveu as policias Federal, Ambiental, Civil,Marinha e que teve a participação de helicópteros e lanchas, tudo voltou a ser exatamente igual. Não se deve ser contra o garimpo e os garimpeiros, trabalhadores que enfrentam uma vida duríssima e cheia de riscos. O que se contesta é a garimpagem em áreas proibidas, no centro de Porto Velho e, ainda, com o uso de mercúrio, que causa danos irreversíveis ao rio e seu biosistema. O garimpo voltou primeiro escondido, praticamente só à noite. Durante o dia, as balsas e dragas ficavam ancoradas às margens do Madeira e, mal anoitecia, o trabalho começava. Agora, parece que ninguém deu bola, vale também garimpar à luz do sol. Há quem diga que a fiscalização no rio anda passando pelos locais de garimpo, mas,  não se sabe porquê, não estaria multando e nem prendendo ninguém. Será verdade?
 A criação de cooperativas  já aprovadas, pode ajudar a aumentar as possibilidades de um garimpo organizado e que não destrua o meio ambiente. Mas não é possível que as autoridades façam de conta que nada está acontecendo no meio da cidade, como o caso de cerca de 10 balsas que, no entardecer da última sexta-feira, estavam no final da tarde,  tentando encontrar ouro normalmente, a poucos metros da sede da Marinha no Madeira. Ninguém vai fazer nada?
 O COMBATE VEM AÍ - O que se sabe é que, nos bastidores, mais uma grande operação está sendo preparada para combater o garimpo ilegal. Já haveria  mobilização, para isso. Um dos problemas, contudo, é que mesmo que ela seja realizada – como  já o foram outras - praticamente nada acontece. Os detidos pagam pequenas quantias de fiança e saem de novo, direto para recomeçar a garimpagem. Os equipamentos apreendidos ficam alguns dias perdidos e depois são recuperados. A Marinha, que deveria fiscalizar o rio diuturnamente, não o está fazendo. Então, é provável que, não importa o tamanho da operação, não será tão fácil acabar com a ilegalidade no nosso rio.
 HISTÓRIA E CARROS - O deputado federal Luiz Cláudio, muito ligado à Emater, não quer nem ouvir falar que o prédio da entidade, próximo ao CAP/Edifício Rio Madeira, hoje sede do governo, seja demolido para a construção de uma garagem. Ele pediu a interferência da Secretaria do Patrimônio da União, para impedir a derrubada do prédio, que é histórico, alega. Foi construído há mais de 40 anos e o parlamentar diz que ele deveria fazer parte do patrimônio da Capital. O governo está negociando para usar a área, para construir um amplo estacionamento bem à frente do CPA/Rio Madeira.
 A ESQUERDA SE ESVAI - Primeiro foi o Paraguai. Depois  a Argentina. Agora  a Venezuela.Os governos da esquerda bolivariana estão caindo como pedras de dominó. Quando será  a vez do Equador? Por enquanto, a único governo sólido da esquerda latino americana (sublinha-se: por enquanto), é o de Evo Morales, na Bolívia, sempre com restrições internacionais em função da produção da folha de coca, essência da cocaína. Em pouco mais de uma década e meia, os governos populistas, que gostam de distribuir os  recursos públicos entre seus companheiros e apoiadores, mostraram que têm vida curta. Já vão taGde!
 ENTREGANDO OBRAS - A semana passada terminou com mais uma inauguração importante do Governo do Estado. Foi entregue em Espigão do Oeste o primeiro prédio de uma UNISP, uma central de toda a estratégia de segurança pública. Foi o último ato em que participou o delegado Pedro Mancebo, como diretor geral da Polícia Civil. Ele deixou o posto e foi substituído pelo delegado Eliseu Muller. Já nesta segunda, outra inauguração importante, embora mais simbólica que prática:  do CPA/Edifício Rio Madeira. Os prédios que hoje centralizam toda a administração estadual, já funcionam há bastante tempo, mas só agora foram entregues à comunidade.
MELHOROU, MAS... - A decoração de Natal de Ji-Paraná é espetacular. Custou menos de 200  mil reais, incluindo a Casa do Papai Noel. É um show. A de Porto Velho, ao custo de 2 milhões e 400 mil reais, melhorou muito, mas ainda está longe de ter valido um investimento tão alto. Há locais que ficaram muito belos, como s Três Caixas D´Água, símbolo da cidade; o prédio da Prefeitura e a do Mercado Cultural. Na avenida Jorge Teixeira (BR 319), a decoração ficou muito boa perto da Rodoviária e na altura do Espaço Alternativo. Mas é ainda pouco, para um investimento tão pesado. A Prefeitura terá certamente dificuldades par explicar tanto gasto aos órgãos de fiscalização.
 PERGUNTINHA - Depois da arrasadora vitória da oposição na Venezuela, será que o presidente-aprendiz-de-ditador Nícolas  Maduro vai aceitar pacificamente a voz das urnas ou irá apertar o nó para calar seus adversários?
Fonte: Jornalista Sérgio Pires




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