quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

A loira sem mistérios: mitos e verdades sobre a cerveja


1. A fonte de origem da água influencia o sabor da cerveja. 
Mito. Toda e qualquer cervejaria, independentemente da fonte de captação de água, produz a chamada "água cervejeira", com características físico-químicas específicas para a produção da bebida. 

2. Quanto mais escura é a cerveja, mais álcool ela contém.
Mito. Nem sempre é assim. A cerveja Guinness, por exemplo, é preta e tem 4,2% de álcool. A coloração da cerveja vem do malte torrado e não representa nada no teor alcoólico, que é determinado pela quantidade de malte 
presente na fórmula. 

3. A cerveja fica "choca" se esquentar e se for gelada novamente. 
Verdade. Depois de gelada, a cerveja deve ser consumida, e se esquentar, nunca deve voltar à geladeira. Quando isso acontece, o gás carbônico se desprende do liquido e a cerveja fica sem gás, "choca", e tem o sabor completamente alterado. 

4. A cerveja Guinness vendida na Irlanda é melhor. 
Mito. Não faz sentido uma marca produzir cerveja diferente para exportação, visto que o processo de fabricação da bebida é de baixo custo. Com raras exceções, a cerveja exportada é exatamente igual à local. 

5. Mulheres não gostam de cerveja. 
Mito. É notável a crescente participação feminina no consumo da bebida, o que tem provocado uma mudança nas campanhas de publicidade e no perfil de novos produtos. Ganha força a mensagem feminina, sutil e sofisticada, em detrimento da imagem "machista" e competitiva. As mulheres têm, inclusive, um papel importante na cultura cervejeira. Um exemplo: na Babilônia e na Suméria, por volta do ano 4.000 a.C., as mulheres cervejeiras tinham grande prestígio e eram consideradas pessoas especiais, com poderes quase divinos. 

6. As melhores cervejas estão nas garrafas verdes. 
Mito. As garrafas escuras, geralmente marrons, protegem mais a cerveja da luz do que as claras (verdes ou transparentes). Esse mito surgiu depois da Segunda Guerra Mundial, quando os europeus consumiam cervejas importadas que eram produzidas e envasilhadas em garrafas verdes devido à escassez local. Atualmente, uma convenção comercial indica ao consumidor que as cervejas de garrafas verdes (Heineken e Stella Artois, por exemplo) são um pouco mais amargas do que as comuns. 

7. Cerveja de garrafa é mais gostosa do que a de lata. 
Verdade . A cerveja em garrafa tende a ser melhor do que a cerveja em lata. O motivo é o processo do preenchimento das latas, que é mais prejudicial aos atributos da cerveja do que o das garrafas de vidro, que é mais simples. Há, sim, diferença de sabor em uma mesma marca de cerveja consumida em lata, long neck, 600ml ou chope. O processo mais moderno e menos prejudicial ao líquido é o das cervejas em garrafas de 500 e 600ml. O alumínio da lata não influencia no sabor da bebida. 

8. O chope possui menor teor alcoólico do que o da cerveja. 
Mito . Ambos têm, exatamente, o mesmo teor alcoólico. A diferença é que a cerveja passa pelo processo de pasteurização, que garante um maior prazo de validade ao produto. 

9. Cerveja "dá barriga".
Mito . Geralmente, quando alguém se queixa do aumento excessivo da circunferência de sua cintura, a culpa é da cerveja. Mas não é bem assim. Recente pesquisa realizada no Reino Unido com alguns bons de copo não encontrou relação entre o consumo da bebida e o aumento da circunferência abdominal. Porém os médicos advertem: se ela for consumida em excesso pode causar obesidade. E tem mais. Alguns bebedores não dispensam salgadinhos e outros tira-gostos, normalmente muito calóricos, para acompanhar a "loira". Tal consumo de calorias em excesso, somado à falta de atividade física, gera sobrepeso e obesidade, e não a cerveja em si.

10. Ao servir a cerveja, quanto menos espuma ela formar, melhor, pois o colarinho retém os aromas e o gás da bebida. 
Mito . A espuma revela o bom estado da bebida. Uma cerveja que não forma espuma quando servida pode estar "choca", sem gás, ou estragada. A espuma não retém aroma e nem segura o gás.

11. O ideal é beber a cerveja estupidamente gelada em temperaturas abaixo de zero.
Mito . A temperatura ideal para beber a cerveja é entre 4º e 6º C. Temperaturas muito baixas prejudicam a formação de espuma e anestesiam as papilas gustativas. 

12. Copos de vidro, como os de botequim, são os ideais para beber cerveja. 
Mito. Copos e canecas de cristal são os ideais, pois têm melhor capacidade de manter a espuma e a temperatura da cerveja. 

13. Consumida com moderação, cerveja faz bem à saúde. 
Verdade. O consumo moderado de cerveja, de até quatro copos diários para um adulto, tem efeitos benéficos sobre o equilíbrio psicológico e emocional. Além disso, a cerveja é rica em vitaminas, carboidratos, proteínas e aminoácidos. Com 90% de água, é hidratante e diurética. Mas lembre-se: beba sempre com moderação. 

14. Suco de laranja é mais calórico do que cerveja.
Verdade. Um copo de 300 ml de cerveja contém 120 calorias. Já um copo de 300 ml de suco de laranja sem açúcar contém 180 calorias. Mas a laranja é, sem dúvida, mais saudável!

15. Garrafas e latas de cerveja devem ser sempre armazenadas na posição vertical.
Verdade . Toda cerveja deve ser guardada em pé, em local fresco e ao abrigo da luz, para evitar sua oxidação. 

Fontes: mestre-cervejeiro Flávio Barone, "Larousse da Cerveja", de Ronaldo Morado e www.ambev.com.br.


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